Matheus Leitão
Os principais jornais
repercutem o rompimento da barragem da Vale que aconteceu nesta sexta-feira
(25) em Brumadinho, Minas Gerais, deixando ao menos nove mortos e cerca de 300
desaparecidos.
O Estado de S. Paulo
destaca que a área administrativa da Vale e o restaurante onde funcionários
almoçavam na hora do rompimento ficaram soterrados.
O matutino paulista afirma que outras 100
pessoas foram resgatadas a tempo depois que a enxurrada de rejeitos de minérios
de ferro carregou casas da comunidade Vila Ferteco e prédios da região.
"Barragem se rompe, provoca mortes e deixa desaparecidos", destaca a
manchete do Estadão.
Na primeira página, o Estadão informa que o
presidente Jair Bolsonaro criou um gabinete de crise e seguiu neste sábado à
região onde aconteceu o rompimento.
Ele assinou um decreto na sexta-feira (25)
criando o Conselho Ministerial de Supervisão de Respostas a Desastre, que será
coordenado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Ao comentar o assunto, o vice-presidente,
Hamilton Mourão, afirmou que "essa conta não pode vir para a gente"
ao defender que o governo não deve ser responsabilizado.
O Globo lembra que, há 3 anos, o maior
acidente ambiental do país deixou a cidade de Mariana, também em Minas Gerais,
debaixo de um mar de lama.
Ao comparar os dois casos, o presidente da
Vale, Fábio Schvartsman, afirmou que "desta vez, é uma tragédia
humana", se referindo ao número maior de pessoas atingidas no rompimento
desta sexta.
"Como vou dizer que a gente aprendeu
(com Mariana) se acaba de acontecer um acidente desses?", disse o
presidente da Vale durante entrevista coletiva. "A tragédia se
repete", sublinha a manchete do Globo.
Ao blog, o
promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, ex-coordenador da força-tarefa que
investigou a tragédia de Mariana (MG), afirmou que o rompimento das barragens
mostra que o 'Brasil é incapaz de aprender com suas grandes
tragédias'.
A Folha de S. Paulo comenta que o complexo
da Vale onde estava a barragem que se rompeu é responsável pela produção de 7%
do minério de ferro da companhia.
Além da área
administrativa da Vale, onde havia funcionários da empresa, os rejeitos
atingiram uma pousada e uma zona residencial.
Ao menos 9 pessoas foram consideradas
desaparecidas na pousada. Na Bolsa da Valores, as ações da Vale caíram 8% após
a tragédia. "Barragem da Vale se rompe em MG; há 7 mortos e 200
desaparecidos", aponta o título principal da Folha.
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