26 de janeiro de 2019

Barragem da Vale rompe e deixa morte e destruição

Vista aérea do local destruído pelos rejeitos após o rompimento da barragem da mina do Feijão, situada em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), nesta sexta-feira (25). Foto: Moisés Silva/O Tempo/Estadão Conteúdo

Matheus Leitão

Os principais jornais repercutem o rompimento da barragem da Vale que aconteceu nesta sexta-feira (25) em Brumadinho, Minas Gerais, deixando ao menos nove mortos e cerca de 300 desaparecidos.

O Estado de S. Paulo destaca que a área administrativa da Vale e o restaurante onde funcionários almoçavam na hora do rompimento ficaram soterrados.

O matutino paulista afirma que outras 100 pessoas foram resgatadas a tempo depois que a enxurrada de rejeitos de minérios de ferro carregou casas da comunidade Vila Ferteco e prédios da região. "Barragem se rompe, provoca mortes e deixa desaparecidos", destaca a manchete do Estadão.

Na primeira página, o Estadão informa que o presidente Jair Bolsonaro criou um gabinete de crise e seguiu neste sábado à região onde aconteceu o rompimento.

Ele assinou um decreto na sexta-feira (25) criando o Conselho Ministerial de Supervisão de Respostas a Desastre, que será coordenado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Ao comentar o assunto, o vice-presidente, Hamilton Mourão, afirmou que "essa conta não pode vir para a gente" ao defender que o governo não deve ser responsabilizado.

O Globo lembra que, há 3 anos, o maior acidente ambiental do país deixou a cidade de Mariana, também em Minas Gerais, debaixo de um mar de lama.

Ao comparar os dois casos, o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, afirmou que "desta vez, é uma tragédia humana", se referindo ao número maior de pessoas atingidas no rompimento desta sexta.

"Como vou dizer que a gente aprendeu (com Mariana) se acaba de acontecer um acidente desses?", disse o presidente da Vale durante entrevista coletiva. "A tragédia se repete", sublinha a manchete do Globo.

Ao blog, o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, ex-coordenador da força-tarefa que investigou a tragédia de Mariana (MG), afirmou que o rompimento das barragens mostra que o 'Brasil é incapaz de aprender com suas grandes tragédias'.

A Folha de S. Paulo comenta que o complexo da Vale onde estava a barragem que se rompeu é responsável pela produção de 7% do minério de ferro da companhia.

Além da área administrativa da Vale, onde havia funcionários da empresa, os rejeitos atingiram uma pousada e uma zona residencial.

Ao menos 9 pessoas foram consideradas desaparecidas na pousada. Na Bolsa da Valores, as ações da Vale caíram 8% após a tragédia. "Barragem da Vale se rompe em MG; há 7 mortos e 200 desaparecidos", aponta o título principal da Folha.



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