A campanha de Haddad emplacou, mas pode ir mais além. Com duas
semanas de lançamento oficial do candidato a Presidência do Brasil, Haddad só
fez crescer nas pesquisas de intenção de voto e tudo indica que estará no segundo turno.
Há quem analise que se trata apenas do efeito Lula. De
fato, todo candidato do campo mais à esquerda desejava o apoio da maior
liderança política do Brasil. Não seria errado afirmar que o Lula se tornou uma
personalidade internacional, inclusive.
Porém, não se pode analisar o fenômeno eleitoral de Haddad
apenas a uma figura importante. O próprio Haddad sabe disso. Em entrevista a
uma rede de televisão, Haddad reconheceu o poder de transferência do Lula, mas
buscou luz própria. A entrevistadora tentou impor, que a figura do Lula foi a responsável pelo crescimento de Haddad, através das cartas valorativa de dentro
da prisão em Curitiba.
Haddad pontuou bem ao tentar ampliar o fenômeno eleitoral de seu crescimento. Afirmou que Lula deu apoio a vários candidatos, mas o efeito das
cartas (apoio) não foi suficiente para o crescimento eleitoral de todos os líderes regionais. Apontou a força da militância e dos simpatizantes como reforços necessários em sua candidatura.
A força da militância
Campanha de Haddad em Juazeiro-Petrolina |
Não há o que se questionar a competitividade do candidato Haddad.
Mas o que conquistou até aqui é suficiente para ganhar as eleições? Acredito
que não. Haddad vai precisar convencer as principais lideranças dos municípios para abraçar a campanha “Haddad Presidente”.
Neste momento, percebo o esforço mínimo de prefeitos, ex-prefeitos
e lideranças na campanha do Haddad. Não se tem o fator tempo a favor, já que a
eleição é 07 de outubro. Por outro lado, não se pode penalizar as lideranças, sobretudo do interior. Parece que a anestesia também paralisa os comitês
da capital. Visitei um comitê aliado em Salvador e nada de material publicitário
do candidato. Tentei adquirir material no comitê central em Salvador e nada.
Em grupos de redes sociais é fácil perceber que as
lideranças gastam mais energia em seus candidatos a Deputados. Talvez, a força
de negociação política, depois do pleito, se tem quem elege Deputados e suas
respectivas quantidade de votos. É a velha política em busca de cargos de poder
na máquina estatal ou candidaturas futuras.
Em Serra Preta
Não foi fácil, em Serra Preta, saber quem apoia de verdade o candidato Haddad para presidente do Brasil. Nenhuma propaganda eleitoral evidente, embora muitos se revelaram a votar no time de Lula.
Partidários do prefeito
Aldinho confirmam que em todas as reuniões eleitorais, o prefeito pede votos
para seus candidatos a deputados e também para "Haddad presidente". Dia 29 de
setembro, o prefeito organizará um “Arrastão”, onde eleitores participarão,
pedido votos para toda a chapa do prefeito, inclusive para o presidente Haddad no distrito de Bravo.
No campo partidário do
prefeito, a baixa ficou por conta do ex-prefeito Zelito Leite, que apoiará
Bolsonaro, mas em áudio nas redes sociais, revelou votar em Rui Costa, em
Wagner e em Coronel para o Senado e nos deputados do prefeito: Bacelar
(Podemos) e Alan Castro (PSD). Angélica, esposa de Zelito e liderança
municipal, afirmou que apoiará Haddad, que a decisão de Zelito é isolada.
O ex-prefeito Benedito, que
também integra a base do prefeito Aldinho, não respondeu diretamente que apoia
Haddad, revelou incômodo com o questionamento, mas presumiu apoio a Haddad. Chegou a colar um “santinho eleitoral”, onde aparece
o nome Haddad para presidente.
Desde que Lula se tornou uma
potência eleitoral no Nordeste, Serra Preta seguiu a tendência regional. Na
eleição passada, Dilma obteve 78,49% dos votos válidos do município. O desafio agora é também eleger Haddad. Tudo indica, que fazer
campanha de forma integrada, ainda é um bom investimento eleitoral para todos. As lideranças que partirem na frente com o nome de Haddad podem ganhar a simpatia para o voto de deputados.
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