24 de abril de 2018

Dilma diz que, mesmo na ditadura, podia receber amigos na prisão


Jordana Martinez e Andreza Rossini

Depois de ser barrada ao tentar visitar o ex-presidente Lula na sede da Polícia Federal, em Curitiba, a ex-presidente Dilma Roussef questionou a decisão da juíza federal Carolina Lebbos, responsável pela execução penal de condenados na Operação Lava Jato, de indeferir todos os pedidos de visita.

“É uma situação bastante estranha porque o presidente Lula não tem justificativa para estar isolado ou em regime especial de prisão e que pessoas que o conhecem não possam vê-lo. Isso para mim é muito estranho porque eu tenho uma certa experiência em ficar presa. Eu fiquei três meses pressa e, mesmo na ditadura, você poderia receber parentes, amigos e, obviamente, seus advogados”, disse.

A ex-presidente também defendeu a “inocência” de Lula e denunciou o que chama de “golpe contra a democracia”.

“Eu acredito que o Brasil vem sofrendo um processo muito triste. Nós lutamos muito por essa democracia e várias pessoas, vários líderes brasileiros morreram nesse processo, foram torturados, mortos. Portanto a democracia tem para nós um valor especial.  Nós a conquistamos nas ruas. No momento a gente assiste um outro tipo de golpe, que não é o golpe militar… A etapa do golpe que nós estamos vivendo é essa, que presidente o Lula seja preso para não ser candidato a presidência”, disse.


Acompanhe a coletiva:



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