25 de março de 2018

Quem é Naomi Wadler, que aos 11 anos luta por vítimas 'que não aparecem no jornal'


Dias antes de viralizar e ficar conhecida no mundo inteiro, a estudante primária Naomi Wadler teve trabalho para convencer os professores a liberarem o jardim da escola para uma caminhada em homenagem aos 17 estudantes mortos por um atirador em uma escola da Flórida, em fevereiro.

"Alguns dos funcionários ficaram preocupados e disseram que o gramado não seria seguro para nós", contou Wadler na época à imprensa local. "Aí pedi para eles explicarem como ficaremos seguros dentro da sala de aula, enquanto é permitido que uma pessoa com uma identidade vencida compre um fuzil numa loja."

A "minimanifestação" organizada pela pequena Wadler e um colega em Alexandria, no estado da Virginia, previa 17 minutos de silêncio por todas as vítimas do atirador da Flórida. Mas, durante o ato, ela resolveu pedir aos colegas mais tempo em silêncio - dessa vez em homenagem a adolescentes negras mortas recentemente em diferentes lugares do país.

A estudante do quinto ano queria lembrar que as mulheres negras são as que mais morrem entre todas as americanas - recado repetido enfaticamente neste sábado, para uma multidão de crianças, pais, professores e simpatizantes que a acompanhava em silêncio no centro da capital dos EUA.


Originalmente organizada por alunos da escola Marjory Stoneman Douglas, da Flórida, a "Marcha pelas nossas vidas" atraiu sobreviventes de outros tiroteios e parentes de vítimas em todo o país. Durante todo o sábado, o evento extrapolou a capital americana e se repetiu em pelo menos 800 cidades nos EUA e em outros países, incluindo São Paulo, Londres, Edinburgo, Sidnei e Tóquio.


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