Foto: Mônica Imbuzeiro/ Agência O Globo |
Todos anos são realizadas palestras, discussões e oficinas literárias, além de eventos paralelos para crianças (Flipinha) e jovens (Flipzona), na cidade fluminense.
Na edição de 2017, o evento ocorreu entre 26 e 30 de julho e abriu espaço para a diversidade de vozes da literatura negra. O escritor homenageado deste ano foi Lima Barreto (1881-1922), autor marginal cuja trajetória foi marcada pela crítica contundente ao cotidiano racista e de segregação social no Brasil. Mas a verdadeira estrela do festival acabou sendo outra pessoa: Diva Guimarães.
Na última sexta-feira (28), O ator Lázaro Ramos e a jornalista portuguesa Joana Gorjão Henriques se reuniram em uma mesa no festival com o tema “A pele que habito”. Eles discutiram sobre o processo de colonização no Brasil, o privilégio dos brancos no país e a resistência dos povos escravizados.
Nascida no interior do Paraná, a aposentada contou o sofrimento e a luta contra o preconceito que enfrentou durante toda a sua vida.
“Eu trabalhei duro desde os 5 anos. Sou neta de escravos e a gente teve uma libertação que não existe até hoje“, diz ela.
“Sou uma brasileira que sobreviveu e sobrevive até hoje porque tive uma mãe que fez de tudo, passou por todas as humilhações, para que nós estudássemos”, completou.
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