População pobre no Quênia, um dos países com maior desigualdade no mundo |
O
crescimento econômico só está beneficiando aqueles que têm mais. A
superconcentração da riqueza piorou no ano passado, ameaçando a estabilidade e
o crescimento global. Oito pessoas concentram em suas mãos a riqueza
equivalente de outros 3,6 bilhões, a metade mais pobre da população mundial,
como denunciou a ONG Oxfam no relatório Uma
economia a serviço dos 99%, publicado na segunda-feira.
A
organização atribui a responsabilidade por essa situação, que qualifica de
“extrema, insustentável e injusta”, ao atual modelo econômico, “a serviço
do 1% mais rico da população”.
O
panorama é igualmente sombrio em todas as regiões do planeta. No Vietnã, por
exemplo, o homem mais rico do país ganha em um dia mais do que a
pessoa mais pobre em 10 anos. Nos Estados Unidos, de acordo com um estudo
realizado pelo economista Thomas Piketty, a renda dos 50% mais pobres da
população foi congelada nos últimos 30 anos, enquanto a do 1% mais
rico aumentou em 300%. A soma dos salários anuais de 10.000 trabalhadores
das fábricas têxteis de Bangladesh equivale ao salário do CEO de qualquer
empresa incluída no FTSE 100, índice da Bolsa de Valores de Londres, de acordo
com estimativas da Ergon Associates. A Espanha não é exceção: apesar do
crescimento do PIB desde 2014, a desigualdade torna-se crônica e se
intensifica. Esse aumento se deve a uma concentração da riqueza em menos mãos,
enquanto acontece uma deterioração da situação das pessoas mais vulneráveis.
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