O funcionário da Universidade de São Paulo (USP), em São Paulo, Fábio Hideki Harano, preso na estação Consolação de metrô, na capital paulista, na segunda-feira (23), conseguiu, através da visita de seu irmão, enviar algumas mensagens de dentro do cárcere. O irmão de Fábio, Alexandre Harano, publicou na sexta-feira (27) as informações passadas por Fábio em seu perfil público no Twitter.
Ao visitar o irmão, Alexandre postou no Twitter que Fábio “foi e está sendo bem tratado tanto no Centro de Detenção Provisória III, de Pinheiros, quanto no Centro de Detenção Provisória II, do Tremembé, seja por funcionários quanto outros detentos”. Além disso, Alexandre revelou que o irmão está melhor que ele próprio “físico, mental e emocionalmente”.
Mensagens
Fábio mandou, através do irmão, as 7 mensagens a seguir: “Sou sindicalista, membro do Conselho Diretor de base do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp)”; “Não sou membro formal de nenhum partido ou corrente política”; “Não sou da organização de nenhum movimento social”; “Manifestação de rua não é crime”; “Usar equipamento de proteção para não dispersar aos primeiros ataques da PM não é crime”; “Não estava com o tal explosivo”; ”Não sou black bloc. Ser black bloc é quebrar símbolos do capital” e, for fim, “Sou militante independente de coletivos, correntes ou partido. Só o Sintusp”.
As mensagens mostram a preocupação do jovem em afirmar que não é culpado dos crimes imputados a ele pela polícia. Segundo informações de testemunhas e um vídeo divulgado na internet, Fábio teria sido preso fora da manifestação, por um policial à paisana e, segundo mostra o vídeo, não teria sido encontrado com ele nenhum artefato explosivo durante a revista, ao contrário do que foi afirmado pela polícia.
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