4 de fevereiro de 2017

"Perseguição da Lava Jato" contribuiu para AVC de Marisa, diz líder petista

Marisa dando apoio a Lula no tratamento de um câncer
O líder do PT na Câmara, deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), ligou a Operação Lava ao acidente vascular cerebral da ex-primeira-dama Marisa Letícia. A esposa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve morte cerebral confirmada nesta quinta-feira (2) pelo Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
"Temos certeza que contribuiu para esse AVC que ela teve toda pressão que ela sofreu, que a família vem sofrendo. A perseguição da Operação Lava Jato, a tentativa interminável de imputar crimes ao presidente, a seus familiares. Evidente que isso levou a uma tensão que desaguou nessa situação que nós estamos hoje", disse no Salão Verde da Câmara, em Brasília.
"O que localizaram até hoje foi que o presidente frequentou um sítio em Atibia, visitou um apartamento em Guarujá. Nada se provou contra ele", disse, mencionando também que a tentativa de prender Lula "foram fatores importantes para que ela tivesse esse problema".
Zarattini se referia a um tríplex no Guarujá (litoral de São Paulo) e a um sítio em Atibaia (SP) que a força-tarefa diz pertencer a Lula e sua família. O ex-presidente sempre negou ser dono dos imóveis.
Para ele, Marisa não foi só uma primeira-dama, "mas uma militante do PT, do povo brasileiro".
De acordo com o líder do PT, ontem Lula estava otimista porque a ex-primeira-dama havia apresentado uma melhora e a sedação fora suspensa. "Mas logo a situação se agravou", declarou.
Ainda sobre a Lava Jato, Zarattini disse hoje que a operação é "sem critérios". "Com o argumento de combater a corrupção, na verdade faz uma perseguição política ao presidente Lula, toda sua família, só com o objetivo de tentar desmoralizá-lo e impedir que ele possa ser candidato em uma nova eleição."
Mais cedo, o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) disse que parlamentares petistas seguiram de Brasília para São Paulo em um voo às 17h.
O velório de Marisa está previsto para a noite desta quinta-feira em São Bernardo do Campo, cidade da região metropolitana onde ela viveu com Lula.

Lula cita "tensão e pressão"

Na primeira manifestação pública e presencial sobre o estado de saúde da mulher, na última segunda-feira (30), Lula não mencionou a operação, mas afirmou que "a pressão e a tensão fazem as pessoas chegarem ao ponto que a Marisa chegou". 
"Eu acho que a pressão e a tensão fazem as pessoas chegarem ao ponto que a Marisa chegou. Mas isso não vai fazer eu ficar chorando pelos cantos. Vai ficar apenas batendo na minha cabeça, como mais uma razão para que a luta continue", afirmou Lula.
* Colaborou Janaina Garcia, em São Paulo
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