5 de janeiro de 2017

“O trabalho escravo é uma realidade invisível”, afirma coordenador da CPT

Frei Jean Marie Xavier Plassat, coordenador da Campanha contra o Trabalho Escravo na CPT
O Pará não lidera mais as denúncias de trabalho escravo, mas continua presente nas estatísticas. Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), com base nas denúncias recebidas pela entidade, em 2016, os estados com maior número de casos foram: Bahia (14), Minas Gerais. O Pará aparece logo em seguida, com 13 registros. 
O número de casos registrados no país também caiu. No último ano foram contabilizados 98 casos e 718 pessoas libertadas. Já em 2015 foram registradas 120 denúncias e 895 trabalhadores saíram das condições de escravidão contemporânea. A Amazônia Legal continua sendo palco de 44% das denúncias e as dimensões geográficas contribuem para tornar invisível o crime. 
A pecuária segue como a atividade que mais apresenta denúncias de trabalhadores em condições análogas à escravidão. 
Em entrevista ao Brasil de Fato, o Frei Jean Marie Xavier Plassat, coordenador da Campanha contra o Trabalho Escravo na CPT, explica que os números de crime de escravidão contemporânea vêm diminuindo no Pará, mas isso não significa que a prática não exista mais. Ele acredita que a crise mundial possa ter afetado os setores que utilizavam o trabalho escravo, concentrados em 70% dos casos, em setores de atividades rurais.

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