Renata Mallet anuncia sua saída do PSTU

Renata Mallet, com o cartaz "Fora Temer", comunica sua saída do PSTU
Foto: Facebook

A candidata à governadora no último pleito pelo PSTU, Renata Mallet, comunicou em sua rede social que não integra mais o partido socialista. Segundo Mallet, além dela, 750 militantes em todo o país deixaram a legenda liderada por Zé Maria.

Leia a nota na íntegra: 

"Comunico a todxs a minha saída do PSTU.

Eu e mais de 730 militantes de todo o país decidimos construir uma nova organização e escrevemos um Manifesto que explica com mais detalhes os motivos para tal (segue link). Mesmo sendo contemplada pelo Manifesto, quero escrever um pouco sobre a minha saída do PSTU. As próximas linhas seguem nesse sentido.

Primeiro quero afirmar que tenho orgulho de ter militado 8 anos no PSTU. Fiz parte da geração que rompeu com o PT durante o início do primeiro mandato de Lula, ao perceber o PT já tinha perdido seu caráter de classe e sua independência política. Junto com companheiras e companheiros da UNEB, fundei um coletivo estudantil, o Coletivo CAUS, em 2004, devido à necessidade de construir um movimento estudantil independente, dentro dos marcos do marxismo. Em 2008, uma parte importante desse coletivo decidiu entrar no PSTU. A opção pelo PSTU se deu por nova necessidade: a de avançar; de dedicar a nossa vida a um movimento mais amplo, à construção do socialismo no país e no mundo. Essa necessidade só seria realizada dentro de um partido como o PSTU, marxista, de organização leninista, programa trotskysta, indepedente financeiramente e politicamente dos governos/burguesia e internacionalista (seção de um partido internacional, a LIT-QI).

Entrei no PSTU com toda a vontade, coragem e disposição que tinha. Dediquei a maior parte desses 8 anos à construção do partido. Assumi tarefas importantes de direção, de intervenção no movimento sindical e de luta contra as opressões e, nos últimos anos, de figura pública como candidata a vereadora e a governadora. Posso dizer, não me arrependo. Não saio do PSTU com o sentimento de que “joguei fora anos de minha vida”. Não, não mesmo. Militar no PSTU me fez uma pessoa melhor, porque nesse partido fiz o que acreditava, ganhei forças e firmeza ideológica como lutadora e revolucionária.

Por que sair do PSTU então? Minha saída do PSTU se explica por uma nova necessidade: avançar mais e buscar a melhor forma para lutar por um mundo igualitário, pelo socialismo. Os desacordos políticos e organizativos que tenho com o partido demonstram que uma outra experiência é preciso.

Uma outra ruptura? Prefiro dizer, uma outra unificação. Assim como o Coletivo CAUS significou uma unificação dos ativistas estudantis independentes, e a entrada no PSTU foi uma fusão com o trotskismo, a nova organização é uma outra unificação, de revolucionários que optam por uma outra forma de disputar a consciência de jovens e trabalhadores e organizar os explorados e oprimidos.

Uma outra organização de esquerda? Sim, uma que consiga aspirar a mudança e aglutinar xs indignadxs, xs rebeldes, lutadorxs da resistência. Uma organização de esquerda e socialista com disciplina organizativa saudável. Convido a todxs lutadorxs a se unirem a essa proposta. Faremos um ato nacional de nossa organização no dia 23 de julho, em SP. Em breve, marcaremos o lançamento aqui na Bahia.

Vem com a gente arrancar alegria ao futuro! Nos encontramos nas lutas.....sempre".




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