22 de maio de 2016

'Desfazer o que Lula fez em política externa não é bom para o Brasil’

Lula em reunião com o ex-presidente do Egito, Hosni Mubarak. Foto: Alan Marques
As medidas que "desfazem" ações dos governos do PT - como parte da guinada na política externa brasileira proposta pelo novo ministro das Relações Exteriores, José Serra - não são boas para o país, na visão do editor de uma das principais revistas dedicadas a relações internacionais do mundo, a Foreign Policy.
"Se Serra acha que reformar a política externa é desfazer o que o Lula fez, ele não está agindo em nome dos interesses do Brasil", disse à BBC Brasil David Rothkopf, em referência à possibilidade de fechamento de embaixadas abertas em gestões anteriores.
Após assumir o posto de chanceler do governo interino de Michel Temer, Serra criticou o que chamou de "partidarismo" da política externa dos governos do PT e indicou que, além de buscar uma gestão focada em comércio internacional, possivelmente fecharia embaixadas abertas por Lula em países da África e do Caribe.
Para Rothkopf, Lula "fez mais para aumentar o peso do Brasil no cenário mundial do que qualquer presidente do Brasil". Ele também dá crédito ao ex-chanceler Celso Amorim - que chegou a chamar de "provavelmente o melhor chanceler do mundo" em um artigo em 2009 - pelo papel em transformar o país em um ator de peso no cenário internacional.
O CEO e editor da Foreign Policy, no entanto, critica a excessiva complacência do governo com o regime de Hugo Chávez sob Lula e a perda de importância da política externa sob Dilma.

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