20 de maio de 2016

Copeiro demitido pelo Palácio do Planalto era ameaça, justifica governo

José Catalão, garçom demitido pelo governo - Foto: Reprodução
José Catalão, garçom demitido pelo governo Foto: Reprodução
Foi com surpresa que os servidores do Palácio do Planalto receberam a notícia da demissão do copeiro presidencial, acusado pelo governo interino de ser “petista”. O corte pegou tão mal que o governo precisou se justificar.
Segundo o Palácio do Planalto, o garçom José Catalão poderia passar ao grupo da presidenta Dilma Rousseff informações palacianas entre um café e outro servido nos gabinetes, informa o jornal Folha de S.Paulo.
O garçom trabalhava no Palácio fazia oito anos. Sem filiação partidária, era considerado um dos funcionários mais queridos do prédio. Ele se orgulhava de ter servido o presidente interino, Michel Temer, por diversas vezes.
A degola no Palácio não vem poupando ninguém. Até agora, 324 servidores já perderam o cargo. Só na sexta-feira (13), 170 pessoas foram parar na rua, muitos em altos cargos, como secretários, diretores de departamento e assessores especiais. 
O caso mais polêmico foi o do jornalista Ricardo Melo, diretor presidente da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), que tinha mandato de quatro anos no cargo e decidiu contestar a decisão de Temer na Justiça.
Até o fotógrafo da presidenta ficou sem emprego: Roberto Stuckert Filho também foi exonerado na sexta-feira.

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